segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

A Ultima Dignidade que me resta.

Passei algumas noites decidida que iria escrever algo que me aliviasse a alma, algum tipo de torpor que só mesmo as palavras me proporcionariam nessa infinitude de melancolia, uma sensação angustiante tem me percorrido nas veias que vão direto ao coração, como se ele fosse parar a qualquer momento, sabe, desde que você decidiu ir, sinto-me vazia e isso só piora a cada triste dia solitário que passa. Bom, na verdade o que mais me dói é ver o quanto você está bem, é isso que me esvazia a alma, como se você se alimentasse dela à distancia, sugando as minhas forças para ascender de uma forma na qual, permita-me dizer,é sombria. Contundo, ainda sim, desde o ultimo momento em que nos vimos eu hesitei por muitas vezes, fugi. Eu quis lutar, eu quis de verdade lutar com todas as minhas forças, até tentei, entretanto, isso só estava me fazendo ficar ainda mais vazia e eu simplesmente perdi as forças. Houveram dias em que eu simplesmente lutei contra minha própria arrogância, tentei estar do seu lado, mas não pude, simplesmente não pude, não daquela maneira, meramente cordial. Quero-te com um desejo tal qual, censuro meus próprios pensamentos.Só Deus sabe o quanto eu luto todos os dias, longos dias, em que não posso ver-te ou ao menos ouvir-te a voz, eu simplesmente abomino a ideia de suicídio, mas, diga-me há sentido em viver sem amor? Os segundos são como minutos, os minutos são como horas e as horas são intermináveis, sabe todas as vezes que disse eu te amo? Elas foram verdadeiras e agora mais do que nunca tenho certeza disso. Agora as lágrimas inundam meus lábios, eu sei, eu sei, sou uma tola, a mais tola das possíveis tolas que existem nesse mundo cruel, mas sim, eu choro e tenho chorado todas as noites, a verdade é que em minha vida inteira, eu conheci muitas pessoas, desprovidas de caráter, de sensibilidade, de doçura, e cheias de maldade, já me apaixonei sim e me machuquei também, mas nenhuma perda foi tão dolorosa quanto a sua me tem sido e eu realmente entendo que você esteja bem, pois pessoas assim não devem sofrer, é para pessoas assim que a vida se abre com uma flor e dá-lhes o mel resguardado, é por pessoas assim que o bom Deus sente orgulho de ser criador. Decidi me retrair, não por aquela baboseira de deixar a pessoa livre para que ela volte, decidi deixar-te livre porque na verdade eu nunca fui uma boa escolha e nunca serei, eu sim devo gozar de meu momento solícito, eu sim devo perecer, eu sim devo nadar em abundancia de ausências, você não. Viva, seja feliz, fique bem, mesmo que isso me esvazie a alma, ame, mesmo que eu sinta como se uma adaga perfurasse meu peito a cada milésimo de segundo, seja livre para ser de alguém mais digno que eu, jamais prenderia sua alma cheia de ideais a minha alma corrompida, e enquanto isso, eu prometo tentar seguir um rumo, um norte, um prumo, prometo ser alguém melhor. Não quero que tu te recordes de mim apenas como um número em tua lista telefônica, só te peço que não me faça pensar que tudo isso foi em vão.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Esperança fodidas n'alma.

Ela inspira, respira, fecha os olhos, enrijece cada músculo de seu corpo e reza para as lágrimas voltarem. Ela não pode dar-se ao luxo de chorar, não pode parar e analisar cada erro cometido, não pode planejar o futuro de novo, isso só iria machucá-la mais uma vez e claro ela não pode ferir-se de novo pelo mesmo motivo, pela mesma pessoa, repetir erros é retroceder e voltar ao passado é perder tempo.
Todos esperam o seu melhor, ela carrega expectativas de gente demais nas costas, dezoito anos, é pouca idade pra tanta responsabilidade, mas, não foi intencional, ela é a soma de passados fodidos e foi a única ríspida esperança no meio de toda aquela indecência, calou-se diante de toda aquela porcaria em que vivia, eu sei que não foi intencional, foi a única corda pra se agarrar; ela não faz mais escolhas, da ultima vez que fez, desviou-se do sentido de seu nascimento e não valeu apena. Tem uma missão a qual foi determinada, não muda, não se transforma. Às vezes eu penso em como será no dia que ela conseguir chegar na ultima etapa... Ainda haverá vida?
Os músculos relaxam, os olhos se abrem e a visão do abismo vem à tona, seus pés estão fixos à beira da montanha, o oceano se estende como plano de fundo e futuro leito de um possível desfecho, talvez seu pensamento não seja muito louvável, mas, olhando por um outro lado, essa vida que esvai-se nem se quer à pertence de certo modo, seria um desfecho perfeito para uma vida robótica e quase sempre pensada. Mais um passo à frente e ela está há dois centímetros de um fim irremediável, ela não pode voltar e viver do mesmo modo ou tentar fazer tudo diferente, seria como matar os sonhos de outras pessoas fodidas, é melhor que se acabe com a origem do incêndio e pronto!
Ela tira a armadura, relaxa, chora, lembra-se dos erros, dos acertos, dos amores que não pode ter, das feridas abertas em seu peito, imagina como seria o futuro, pensa em erros que valeriam apena ser repetidos, joga toda carga de pessoas fodidas no cume da montanha. Ela inspira, respira, fecha os olhos, e apesar de toda descarga, sente o corpo ainda mais pesado que de costume, então pede perdão a si mesma por ser tão covarde e pula.


quinta-feira, 25 de julho de 2013

Senhor tempo.

 Havia uma menina que não temia nada, enfrentava de peito aberto e sem receio nenhum qualquer diversidade, levada pelo mal do seu tempo, colocava a capa e saía correndo pelo quintal da avó, escalando montanhas, enfrentando vilões perversos e malvados, combatendo a impunidade e toda forma de desigualdade, a menina que sempre achava que tudo ia dar certo, levada por seus 11 anos de idade, cujo o maior desafio era enfrentar sua mãe na esperança de passar das vinte duas horas ou de faltar aula pra assistir o filme da sessão da tarde,
Havia uma jovem... Cabelo colorido, tatuagens, vários metais pelo corpo, fan do ACDC, Ramones e David Bowie. Sem pudor nenhum e desafiando toda a sociedade, já tinha se decepcionado, na família, no amor, na vida, colocava a capa e saía correndo pelos parques centrais da cidade, ao som dos beatles, fone de ouvido, roupas rasgadas, all star fadigado, já tinha perdido tanto e tinha medo de perder bem mais, mas, não desistia de ser feliz à seu modo, não queria mais expectativas no amor, nem família, nem vida, queria aproveitar cada minuto como se fosse o ultimo, sem interrupções e mais decepções, levada por seus 18 anos, Seu maior desafio era não ficar de recuperação no colegial e tentar arrumar um emprego que resolvesse a falta de grana.
Havia uma mulher, trancada em um escritório, tentando resolver os problemas da família, dividas, brigas, perdas, desafiava todos os dias a si própria, levantar cedo, pegar o ônibus das seis e meia, cuidar dos filhos, da casa. Tinha terminado o colegial de “raspão” e teve superar a perda da mãe com quem não se dava bem na adolescência, saiu de casa cheia de medos e incertezas, quando o pai alcoólatra a agrediu, teve que crescer o mais rápido que pôde, seu maior desafio é manter os filhos com a inocência que ela tinha aos 11 anos.


Nota póstuma: A mulher todas as noites põe a capa e sai correndo pelo apartamento pequeno, contando histórias mirabolantes para as crianças, sentindo-se novamente com 11 anos de idade, sem medos, sem preocupações, sem angustias, e repletas de expectativas no amor, na família, na VIDA.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Pequenas Sensações

E de repente de uma forma tão inesperada, tu me entra, e invades, e me
toma, e me rouba o coração. Num Fluxo, numa respiração, Numa
fração de segundos o amor nos surge, e isso é tão magnifico(...)
quer dizer, como podemos amar tanto alguém que não tenhamos tido
até então nenhum tipo de vinculo? Esse alguém Que entra de uma
forma tão sutil e ao mesmo tempo tão avassaladora que nos faça
criar uma especie de dependência sobre um só ser, e que todas as
características dele passam de alguma forma a serem nossas, Um
cheiro, uma piada, uma música, um sorriso, tudo que há nesse "Ser"
tornam-se tão necessário para nossa dependência.E
foi assim, como uma tempestade inesperada num dia de verão, que
pairou a tua presença no meu pensamento, mas como uma grande
cicatriz sobre a pele, permaneceste, Lindo!; E sempre me ponho a
pensar em ti, pois pra mim és a imagem de um abrigo que minh'alma,
corpo e essência refugia-se e em teu abraço sinto-me o ser mais
protegido desta terra, como se houvesse apenas duas pessoas apenas no
mundo, Eu e você, como se houvesse uma blindagem nos envolvendo e
trancando-nos num mundo só nosso, como se teu olhar fosse a tão
falada "Luz no fim do túnel" como se tua presença fosse
tão importante ou mais até do que o próprio oxigênio e num
simples beijo, todas as sensações se passassem em nossas cabeças,
como se à cada instante ao teu lado fosse o nosso ultimo momento

domingo, 5 de maio de 2013

Minha perdição sempre será você.


 Perdemos o eixo, o fio da meada, o norte, rumo, o prumo, perdemos-nos numa infinitude de nós dois, num deserto de almas perdidas, foi difícil, quase impossível, me manter sem você, as lembranças eram minha bússola, eu tentava me encontrar, porém, quanto mais eu me distanciava mais perto eu chegava de ti, meus passos sempre iam ao seu encontro, só que ficar com você me desnorteava ainda mais, eu te olhava nos olhos tentando buscar aquela pureza de um ano atrás, mas via apenas aqueles olhos negros cheios de desconfiança, tentava achar em teus lábios aquele sorriso sincero e livre de escárnios, sobretudo, via maldade, segundas intenções e uma palavras de acusação prestes a sair.
Tentei achar você, de todas as formas, nos abraços, nos beijos, gestos, no seu antigo desejo, mas, não vi nada, nada além de desconfiança, te perdi e me afundei junto dentro do seu eu psíquico e cheio de mistério, descobri segredos, medos e sentimentos ocultos pela sua doçura externa e calma constante; agressividade, acusações, traições, enfim...
Desbraguei cada palavra e sentimento dentro de minha psicose complexa e sedenta de ti, estava recuperada na sua chegada e ao longo do tempo, foste desaguando em mim cada uma de tuas fobias, que passaram a se juntar as minhas, e no final, tudo que me restou foi essa confusão mental na qual me encontro nesse momento, perdida, sozinha, sombria, confusa, como uma órfã, aquele amor de antes virou vento que leva a um caminho que sei que colidirá com o seu, não sei por quanto tempo essa história de ir pra um lugar sem saber porque deve continuar,mas sei que nosso encontro inevitavelmente vai acontecer, só tenho medo, pois sei, que novamente meu mundo vai se perder em você.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Hora de remontar os cacos


Certo dia, estava sentada no banco de uma praça, em frente a uma igreja, provavelmente deveria ser católica por sua rica arquitetura e bela fachada de contornos no estilo gótico, comecei a reparar numa peculiaridade de sua estrutura, os vitrais. Não era uma igreja exatamente grande, muito menos exageradamente decorada, mas, foi o suficiente pra eu reparar naqueles vidros coloridos brilhantes. Lembrei-me das aulas de história da arte que tinha no colegial, onde a professora me falava que os vitrais são feitos de cacos de vidro bem encaixados cuidadosamente, formando desenhos religiosos belíssimos como cenas do nascimento de jesus, sua morte e sua chegada no céu, mas, o que me chamou atenção naqueles cacos de vidros pressionados uns contra os outros de maneira que cada um se tornasse uma verdadeira obra de arte, foi a situação que eu me encontrava, ali, sentada, sozinha, numa praça vazia, olhando pra uma igreja mais vazia ainda e sentindo um vazio ainda maior por dentro, como se uma parte crucial de minha existência me tivesse sido tirada.
Os vitrais me diziam uma mensagem que eu estava tentando decifrar, era como se eles gritassem pra mim, um recado óbvio, e eu me achando uma idiota por estar lá tentando conversar com um monte de caco de vidro velho. Passei a tarde inteira sentada naquele banco enferrujado, me portando como uma autista, parada, olhando fixamente para a igreja, para os vitrais, as horas se passavam e eu continuava lá, sentada... Olhando... Pensando... Decifrando a possível mensagem.
Era como se algo me puxasse, como se eu só pudesse sair de lá, quando eu entendesse o recado, a mensagem, mas, afinal que diabos um monte de vidros quebrados tinha de tão importante para me dizer ?
Foi aí que a palavra "quebrado"  se expandiu em minha mente como uma luz cegante, que irradia um espaço oculto e esvai toda a escuradão que lá existe, quebrado. Era assim que eu me encontrava, completamente em cacos, despedaçada, destruída, eu me sentia uma simples matéria prima de vitral, um nada, a mensagem era clara, era ridiculamente óbvia, eu era monte de caco de vidro velho, eu só tinha que saber um meio de me reerguer de juntar os pedacinho e fazer de toda aquela parafernália, uma obra de arte espantosamente linda, eu tinha que me levantar,tinha que esquecer de tudo que me deixou em cacos, esquecer de você! Eu tinha que ser um vitral, tinha lembrar das rachaduras sim, mas fazer delas um contorno pra uma nova imagem de mim mesma.

Nota póstuma.
Me levantei finalmente do banco enferrujado, entrei na igreja, que era ainda mais bonita por dentro, iluminada com múltiplas cores que vinham do teto onde estavam os vitrais, os vi ainda mais de perto, senti como se estivesse vendo a minha imagem nos olhos tristes de jesus crucificado, fiz sinal de cruz com as mãos e disse:
- Vou indo pai, tenho uns cacos pra montar.

Por: Mayara Campos

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

É o fim.


 Então é isso, é o fim, já não te vejo, não te ouço, não te sinto, nem sequer na brisa suave que me lembrava teu cheiro. Então é isso, já se perdeste de mim, ou fugiste. Esse laço que nos prendia se rompeu, não te vejo mais nas gotas de orvalho que me lembravam o brilho do seu olhar. Então é isso, houve um grande muro no caminho, e quando eu cheguei do outro lado, percebi que estava sozinha, desde então não tenho noticias suas. Então é isso, você não cumpriu com a sua palavra, não ficou do meu lado até o fim, não enfrentou nada por mim, Então é isso, é sim, é o fim.
No fundo eu sempre soube que isso iria acontecer, que você iria embora quando eu estivesse dependente de ti, quando estivesse acostumada com suas mensagens, telefonemas, que hoje me fazem uma tremenda falta! No fundo eu sabia que você ia me deixar assim, despedaçada e sentindo um ódio tremendo de mim mesma por ter te amado assim, digo, por te amar assim. É um fardo enorme escrever sobre esse assunto, final de relacionamento é tão difícil quanto escrever sobre morte, suicídio, perda, choro, destruição. E quem foi que disse que eu não estou escrevendo sobre isso tudo agora?
Porque na verdade o rompimento se liga numa relação de interdependência a tudo isso, a perda, que nos faz chorar, que nos destrói, agente chega a pensar que a morte não é tão ruim assim, afinal pra quê viver sem amor? Foi nisso que eu pensei, em desistir de tudo, tudo mesmo! Até da vida, até da fé, até dos sonhos, até do sorriso. Exagero? Burrice? Estupidez? Me julgue como quiser, mas é essa a verdade, pra você a distancia só vai te ajudar eu sei disso, na realidade eu nunca te fiz bem, eu sei que o melhor pra nós é que eu te esqueça, que eu supere, que eu viva, que eu desista, afinal, não é isso que você está fazendo agora?
Mas, ainda estou descobrindo um meio pra fazer isso, ainda estou aprendendo e viver sem o vício, estou em abstinência, as primeiras semanas foram as mais difíceis, acordar e ver que o pesadelo ainda continua, foram dias sombrios... No entanto, ainda hoje não te esqueci, e nem vou te esquecer, como você fez comigo, mas, não posso continuar remoendo lembranças que não voltam, por isso decidi tentar trancar em um lugar oculto da memória, um lugar intocável até por mim, só que antes eu tenho que te falar umas coisas, que estão me sufocando tanto quanto a sua ausência.
Porque você desistiu? Você sabe que eu enfrentaria qualquer coisa por você. Porque você nem se deu ao trabalho de falar comigo? Será que você não sente nem um pouco a minha falta? E por ultimo, Porque você mentiu? Me falando todas aquelas coisas, eu sei que era tudo mentira, do contrário você ainda estaria aqui comigo lutando.
Eu só espero que um dia você aprenda o real significado da palavra amor, e descubra que quando se ama, não há desistência, não há rendição, não há medo, pelo contrário, quando se ama, tudo é possível e mesmo quando não é, agente luta, enfrenta, leva surras da vida, mas, nunca desiste, pois pra mim não se desiste de algo eterno.


Tudo Novo parte 1

Te conheci numa noite vazia, uma das muitas noites vazias que rondaram minha vida, você apareceu de uma forma tão sombria, uma forma que eu também me encontrava, e por isso te recebi de braços abertos, pois, tinhas o que eu vinha buscando, e a medida que o tempo passava eu possuía mais. Era engraçado,  tu não sentias falta de nada que estavas cedendo, enquanto que eu te absorvia por inteiro, te perseguia... Não era amor isso eu garanto, mas, você estava lá ao meu lado acompanhando-me em minhas noites secas, eu percebia que você me observava em todos os momentos, não de uma forma terna e muito menos como se quisesse me desvendar, não!
Eramos amigos, pelo menos era isso que me parecia, você não se afastava de mim, mas, evitávamos conversar sobre nossas vidas, eu tinha tudo que eu queria, acho que isso foi preenchendo o vácuo no meu peito e ao mesmo tempo acho que eu já estava sendo um objeto em tuas mãos, e tu continuava me observando, eu não me importava.
Você me sugeriu uma série de lugares, gostos, rostos, coisas, modos de viver, tudo que eu nunca procurei, mas, sempre quis. Já tinha percebido algo de peculiar no seu temperamento, já sabia que você queria descobrir meu limite, já sabia que eu era seu objeto, mas era tudo tão novo, tão psicodélico, tão experimental...  E eu experimentei. As vezes eu pensava como tudo tinha mudado radicalmente, as pessoas, os lugares, minha expressão. Eu antes era só uma adolescente ressentida com a vida, cheia de pensamentos obscuros, que se achava o ser mais maduro do mundo.
Agora, eu me sentia diferente, acreditava ser capaz de qual quer coisa, imbatível! Você me observava, o mesmo modo de sempre, como se me perguntasse se eu era capaz de realizar tal coisa, como se me desafiasse... E eu aceitava o desafio.
Eramos agora mais que amigos, não me pergunte o porquê, Não sabia ao certo o que sentíamos , mas, não era amor, acredito que era uma troca de favores, eu completamente alucinada com aquele mundo novo, sabores, cores, rostos  e  você se se divertindo com seu “brinquedinho”, mas não era amor.  Salientávamos nossos interesses...
A cada nova situação  que você me colocava eu tentava absorver o máximo do que me era oferecido, independentemente se fosse bom ou não, eu capturava cada momento como se fosse meu ultimo instante, como se logo após eu fosse dar o meu ultimo suspiro. Era como se eu já não fosse mais eu, como se tudo que havia em mim houvesse se dissipado aos poucos e não restasse nem um resquício daquela menina assustada de antes. Eu agora tinha confiança, tinha tudo o que queria, e que eu queria mesmo? Isso já não tinha mais importância pois finalmente todos olhavam pra mim, as pessoas me viam , me ouviam  em toda aquela loucura, em toda aquela balburdia, em todas aquelas gargalhadas sem motivos. E foi então que de repente você se afastou,  acredito que seus testes haviam finalmente acabado e junto com eles o nosso  relacionamento meio torto.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Você e Eu


Você sumiu? Faz tempo que não te vejo, a saudade tem sido meu maior martírio, não sei ao certo o porquê dessa distância, mas, de fato sinto-me triste, já te falei que você se tornou pra mim, minha heroína e morfina que me afaga o corpo e a mente. Agora só sinto um vazio, uma dor no peito que chega a ser sufocante, essa falta é tão dolorosa que escrever pra ti foi a única maneira de tentar aliviar essa dor, acho que nunca te escrevi antes, sinto vergonha por isso, por não ter tido coragem, por só estar te escrevendo porque a distancia me fez perceber que sem você eu não posso continuar.
Eu não tenho certeza do que você sente por mim, seu olhar não é tão explícito quanto o meu, eu te olhava e tentava te decifrar, tentava saber suas marcas, tentava saber se era puro ou maldoso, se era doce ou amargo, no entanto, você disfarça bem, ou pelo menos tenta; só consegui decifrá-lo algumas vezes e todas as vezes foram durante um beijo, ele me dizia a mesma coisa, DESEJO, na verdade foi uma junção de toda a sua face. DESEJO, quando te beijei... Respiração ofegante, você mordia o canto do lábio e me olhava com tal fixação que eu chegava a fechar os olhos e tentava fugir daqueles olhos que pra mim sempre foram duvida, contudo, naquele momento eles tornavam-se certeza e eu tinha certeza era DESEJO.
Você sabe que o meu sentimento por você é não é simplório, eu poderia dizer-te mentiras, mas, sinto que devo aproveita esse excesso de coragem pra falar o quanto TE AMO, eu poderia dizer a coisas mais belas deste mundo e te comparar as flores, a lua, ao sol, ao mar, ao universo, mas, ainda assim não seria o suficiente. Eu poderia ainda dizer que você chegou de uma forma tão inesperada quanto a chuva em um dia ensolarado, poderia citar que me sinto como uma casa desabitada sem você, sabe, apenas o corpo visivelmente bem, mas interiormente estou completamente vazia, e sei que aos poucos, sem teu cuidado vou me deteriorar até chegar ao ponto de desabar, eu poderia falar tudo isso mais sempre chegaria a mesma conclusão, EU TE AMO.
Eu não me importo se não sentes o mesmo, por que pra mim o amor não deve ser cobrado de ninguém ele é algo tão sublime que até eu demorei pra formulá-lo em minha cabeça, talvez você ainda esteja formulando-o, e se não estiveres eu entendo, você não tem culpa de ser tão “apaixonável” assim, você não culpa de ser a pessoa mais incrível desse mundo, não tem culpa de ter o sorriso, o beijo , o cheiro, o toque, o jeito, a voz, mais doces.
Você não deve percebido que cada estrofe começou com eu e você, porque é só nisso que eu penso, me desculpa por não ter te escrito antes, me desculpa por tudo! Por essa carta meio clichê, agora eu te entendo camões, me desculpa pelos erros, principalmente pelos erros, é que eu não tenho culpa, não sou tão apaixonante como você, mas, pode ter certeza meus pensamentos são inteiramente seus,vinte e quatro horas por dia, e se o dia possuísse horas a mais eu pensaria do mesmo modo, não posso dizer-te o mesmo quanto a carne, mas, um dia ela será inteiramente sua, como a tua carne é minha.